Tiro fotos felizes e ando pulando, canto sem saber a letra. Brinco com minha sombra, desenho e digo palavras positivas para as pessoas e elas me perguntam: ‘ – Você é sempre assim? Tão alegre, colorida? Tão cheia de vida?’ - aprendi que o ser humano só enxerga o que quer ver, que sabem usar bem a semântica, que são tão artificiais e vazios. Vamos comemorar a estupidez humana – Sarah, te agradeço por me isolar da parte desse cotidiano.
Entre o espírito e coração existe uma enorme diferença: se você perde seu coração pode achá-lo... já a alma, não! Ok, alguém viu meu coração se afogando em alguma fossa de barro? Deixem-no lá, que morra o desgraçado! Minha alma não sabe até quando continuará cumprindo tamanha penitência. Nunca ninguém me perguntou se eu sou feliz, as obrigações sociais são mais intensas do que o sentimento verdadeiro, sou só um ser humano vivendo na era do descarte. Algum problema? Sim, sim. Sou patética por perder tempo escrevendo todas minhas frustrações e indignações – oi, eu sou uma fracassada -, e você que está aqui lendo, é o que? Foi o que pensei. Vá pro inferno com todo esse seu espírito caótico e solene.
Se apaixonar virou perda de tempo. As coisas nunca mais vão ser as mesmas, e eu acho que eu nunca mais vou acreditar em alguém quando me disserem: 'eu te amo, pra sempre’. Pra sempre virou um mês, uma semana, um dia. Se apaixonar virou moda. E como toda moda, um dia passa, e esse sentimento fica velho e desgastado com o tempo. Se apaixonar virou se machucar. Amar virou suicídio. Mas, de um jeito muito estranho sinto falta de um abraço, de que alguém me provoque e faça-me ter vontade de simplesmente suspirar. Quando você elimina o impossível, o que sobra, por mais improvável que pareça, só pode ser a verdade. Essa é a verdade, eu busco um amor distante, só de palavras. Tenho medo do toque, mas necessito dele, tenho medo de sentir o que sei que vai ser minha sentença, tenho medo de arriscar o que eu não tenho. Eu quero minha mãe, tenho medo. Grandes expectativas envolvem risco de frustração – experiência própria -, esse negocio de amar sem sofrer, de ter alguém pra gostar é tão, tão, tão...humano! Um círculo vicioso que termina onde começou.
Eu adoro andar a luz do por do sol, bater em pessoas e não sorrir, mas não sei ate quando vou gostar de me sentir vazia. Alguns me dizem que é só questão de tempo, que isso é coisa da idade e que logo entro nos eixos. O tempo não cura nada, ele apenas desloca o incurável do centro das atenções. Eu até sonho. Sim. Eu sonho acordada e não tenho paciência para esperar o tempo passar. Todo esse meu comportamento volátil, efusivo, temperamental, ansiosa, irritante, sem-vergonha e individualista surge de tudo aquilo que não vivi, que não senti, que não tive. Eu sou a individualidade metafísica de mim. Exprimo-me pra me livrar de qualquer responsabilidade, não quero cativar nada, e me torno tão contraditória.
Sou feito um menino que permite ao coração sair correndo sem destino ou direção. Um alívio que meu coração se encontra em coma, abandonado em uma fossa qualquer, eu simplesmente sinto com a imaginação não uso o coração. A gente devia morrer quando o coração se parte, eu já estaria podre a essas alturas.
Na verdade só queria conseguir desmanchar esse nó na minha garganta, a fonte de lágrimas já secou. Ou virou gelo.
5 comentários :
Pois é, vivemos uma vida líquida, com sabores superficiais, com a cultura do fast food e vivemos sem degustar a simplicidade a essência...
Você é feliz ?
=)
Obrigado por colocar o nosso blog! -Você devia saber ' :)
Céus, e eu escrevo bem? Você "imilha" heaiuhoeaui. Não chego perto do que eu li por aqui, você escreve MTO bem, como eu mesmo diria, Bissurdamente bão.
Obrigado pela visita >]
Colocá-la-ei nas minha recomendações.
Heey!
valeu pelo coment no meu blog! x]
sinto muito num estar atualizando ele.. =\
assim q postar algo de novo te dou um toque!
x)
=*
Eu escritor?? hahaha, muito obrigado pelo elogio. Claro que pode me colocar nos links hahah, eu já te coloquei nos meus ^^
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