Há pessoas que parecem nascer errado, e eu sou uma delas. Não tenho que argumentar tal fato para que você concorde comigo, basta encarar minhas palavras.
Deixei me rechearem de angustias, mas há quem lê e diz que isso acrescenta a intensidade em minha escrita que buscam. Já eu percebo em minhas palavras uma benevolente ironia, no fundo dessa ironia se esconde, contudo, uma indisfarçável tristeza. Então, culpo a tudo e a todos. E todos sabem que sofro de excesso. Escrevo ora devagar, ora depressa, conforme meus sentimentos atropelam meus pensamentos.
Eu esqueci de mim, me escondo nesses parágrafos. Acanhada, repeli o relógio: meus escritos são fracos, não prestam! – Assim como eu.
Uma dor que se dissimula sempre doe mais, mas ouvi dizer que pode se vender mais também. Como não posso comercializar em frascos o que sinto, escrevo. E você lê. Ou não. Patético do mesmo jeito.
Meus olhos embotados de cimento e lágrimas pescam as letras, eu sou a que no mundo anda perdida, não moro em parte nenhuma e além das palavras nada me pertence. Ao mesmo tempo em que corro, atiro pedras para trás. Se eu acerto alguém? Há, isso são só hipóteses.
- Por que faço eu tudo o que não queria? – Sobre isto digo coisas que não importa dizer aqui. Cuidado, ai vem uma pedra. Ou mais algumas palavras. Hipóteses.
15 comentários :
É desse jeito.
é do jeito que você quer que seja.
Mas afinal o que é realmente certo ou errado, senão apenas definições definidas por alguém num tempo de ninguém.
bjos garota!
Com certeza. É. Talvez. Quem sabe. Pode ser. Sei lá, não sei. Hipóteses.
Texto boníssimo.
"Meus olhos embotados de cimento e lágrimas"
Adoro essa música do Chico.
ou não
nao importa quanto tempo passe voce continua a mesma :)
Você é tão bonita!
$;
Adorei suas hipóteses. Beijos
Não precisava apagar o comentario, Alexandre.
(:
apesar de toda a minha ausencia, de toda a minha grande estupidez! eu faço lhe companhia nessa caminhada sozinha. se me ignora ou nao, não me magoa. estou a seu lado de qualquer das formas. ate que me grita e eu me arrogo. e fico para atrás. vou apanhando as pedrinhas que vai lançando, que antes de cair ao chão, sim, me acertam em mim! mas não há mal. porque eu estarei aqui.
e não lhe sei dizer porquê. mas sempre me senti próxima de voce. palavras que eu sinto e tenho medo de escrever. não mostro como sou rude, como sou sozinha num mundo tão populado. porque as palavras me acariciam, a maioria das vezes. mas quando me zengo com elas, me zango mesmo. e voce escreve da maneira que me falta.
um beijo!
a sininho que outrora foi tao assidua em seus textos
Olá!
Meu nome é Patrícia e vim conhecer o seu blog, através do blog da Kenia.
Muito legal o seu espaço... bons textos e ótimas reflexões!
Voltarei mais vezes.
Um abraço,
Patrícia Lara
assim...é sempre assim...a gente quem constrói...
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