13 novembro, 2009

Saudade habita sala e coração

Toda noite de insônia eu penso em te escrever.
Toda vez que toca o telefone, eu penso que é você.
Fico em casa na esperança que me visite.
Não corto o cabelo para que você possa me reconhecer.

Toda noite varro o céu, e a lua me traz pedaços seus.
Toda vez que respiro sinto que seu lugar está vazio.
Fico acordada para tentar entender, tentar te esquecer.
Não tomo banho para não sair de mim o seu cheiro.

Toda noite ando pelas bordas da casa simulando aquele dia.
Toda vez caio ao chão, com raiva de ter te dado meu coração.
Fico ali, lembranças que são úlceras incuráveis de minha memória.
Não posso chorar, porque não sei se habito ainda em mim.

Toda noite deixo para trás mais um dia sem você.
Toda vez que percebo isso, morro.
Fico esperando, e não me convenço do agora.
Não quero mais essa sala, nem esse coração.

A mim o que me deu foi pena.

3 comentários :

Anônimo disse...

qe lindo, q amor forte e absoluto.

bjosss...

Stigger disse...

Cada vez mais me parece que é assim que acaba o amor: pena profunda e desesperada. Boa poesia, gostei.

:r~

Anônimo disse...

Perfeito, dá vontade de chorar.