28 janeiro, 2008

Controle

O que temos sob controle?

Nossa existência é totalmente inútil, afinal, não podemos controlá-la.

Nem sobre meus pensamentos eu tenho controle.

Mas, sabe o que realmente eu gostaria de controlar? O tempo. Sim, o tempo. Queria poder voltar ao passado quando as aflições tomarem conta de mim, queria poder consertar as coisas, evitar, contornar, transformar. Afinal, deveríamos ter esse direito. Poder reviver tudo aquilo que nos fez sorrir por alguns momentos, abraçar pessoas que partiram antes de nós, falar o que eu deveria ter falado feito o que eu deveria ter feito. Não encare isso como arrependimento – não encare mesmo -, na verdade lícito, seria a palavra certa.

Já o presente, eu acho que ele é digno desse nome. Só que nem ao menos tenho controle sobre ele. Não posso estar em vários lugares ao mesmo tempo – e olha que já tentei.

Futuro, como gostaria de poder controlá-lo, poder programá-lo, sendo que 100 % das minhas expectativas sejam correspondias. Poder arriscar mais, não ter medo. Ah, como eu seria feliz.

Mas, não posso de uma humana – uma humana entediada, diga-se de passagem -, que não tem controle sobre nada. Nem sobre o tempo, nem sobre os sentimentos, nem sobre as vontades, catástrofes, realidade, sonhos e nem sobre minha vida. Seria bem mais fácil você saber o dia que iria morrer, porque só ai você deixaria de existir para começar a viver. Acho que seria muito atrevimento de minha parte querer controlar a morte também, mas admito que dormiria melhor.

Eu, você, ele, teu pai, vizinho, professora de química – em minha opinião a minha professora de química nem precisava existir -, motorista do ônibus em fim, não passamos de míseras e frágeis marionetes que são manipuladas pelas futilidades e por um vasto número de idéias inúteis. Marionetes que são controladas por um Deus – talvez – ou por alguém ou força qualquer - mas, merecia levar uns bons tapas, porque fala sério, esse cara ta é de sacanagem!

Eu tenho algo sob controle, e esse controle é quem faz minha alma permanecer e faz eu ser capaz de enxergar as cores. Eu tenho as palavras.

27 janeiro, 2008

Uma compra (?)

Eu tava bisbilhotando pelo orkut - sim, é isso que eu faço num sábado a noite -, e achei um perfil de um garoto com a seguinte citação: 'O ideal seria, que todas as pessoas soubessem amar, o quanto elas sabem fingir'. Fiquei pensando - é o que eu mais faço -, e acabei comentando com meu amigo - sim, Bruno, é você - começamos uma grande discussão e concluímos:
que o ideal seria NÃO AMAR!

Exatamente, porque aí as pessoas que acham que estão enganando, seriam enganadas.
E também não haveria nenhuma forma de sofrimento, nenhuma!
Afinal só quem ama sente saudade, dor, solidão, medo, ciúme, morte, magoa, não atacariam caixas de chocolate, nao pensariam em cortar os pulsos ou explodir o mundo.- Não, eu nunca pensei em cortar os pulsos. Isso é petético.

A verdade é que o amor é um sentimento muito caro. Ele esta envolvido diretamente ou indiretamente em tudo, é só parar e observar.
Como diz o Bruno, ele é uma grande compra a prazo. No começo nos fornece aquela grande felicidade, mas as vezes acaba pagando isso com a dor, e no final o sofrimento vem maior.
O amor não pode ser arrancado, ou "comprado" ele tem que ser dado.
Tem que ser dado como um presente, mas não como um presente de aniversário ou natal. Mas, como um presente que recebemos num dia qualquer, assim, quando menos esperamos. Só para ficarmos felizes.
A verdade é que o amor não deveria ser uma soberba, um leilão ou um negócio.
O amor tem que ser sentido de uma forma que quando você esta se lambuzando dele tudo faça sentido.
Eu e o Bruno não somos bons economistas, investidores, compradores ou o que seja. Por isso não vamos mais amar, pelo menos pelas próximas 24 horas!

26 janeiro, 2008

12 - O PENDURADO

Palavras-Chave:

Sacrifício e Abnegação

P
ra voce ver, o calculo do meu arcano deu 'O PENDURADO'. Legal.
Sabe, até que a perspectiva e caracteristica desse arcano derão certas:

-
Acontecimento marcante a nível psicológico aos 12 anos de idade;
- Muito carente emocionalmente;

- Insatisfação com as coisas;
-
Medo dos infortúnios ou fatalidade;
-
Dó de pessoas carentes, desprotegidas ou animais abandonados;

E por ai vai...

Nada que eu ja não tenha escutado antes.
A minha carta de arcano mostra um cara enforcado. Nada animador, eu diria. Mas, o que mais me fascina é tudo aquilo que eu não posso controlar, que eu não entendo, que eu duvido ou até mesmo acredite, tudo aquilo que a humanidade luta para entender, desde as primórdios até o fim da eternidade. E é ai que está a diversão. E eu só espero ter todas minhas dúvidas e especulações até o fim de meus dias, e que ninguém se atreva a desvendar o universo enquanto eu estiver viva.



Mas, me surpreendeu mesmo assim. Fato. Voce também se surpreenderia, ou não.
Tente: calcule seu arcano