Mas, não concordo.
Exato, não concordo. Não sou obrigada a concorda, ora. Os pensamentos são meus, as palavras são minhas, eu criei meu mundo – ele tem cores, consigo beijar o vento -, faço dele o que quiser. E estou aprendendo a ser egoísta o suficiente para não aceitar visitas.
Ou seja, para mim o humano não passa de um amontoado de ossos boiando em carne.
Aqui as únicas coisas que realmente possuem vida é o céu e o mar. O resto só existe.
Gosto de provocar brigas e inventar desculpas. Sou uma guria que não combina com ninguém. Não se iluda.
Eu vejo sangue pelo meu jardim, a Terra precisa ser adubada. As calotas estão derretendo e eu preciso fazer minhas unhas. Necessidades.
Vou continuar a barganhar os pensamentos alheios, a observar minhas mãos e tentar poupar água.
Que fique claro que eu não sou explícita, o fato de eu não me demonstrar claramente não quer dizer que eu não sinta. Aliás, pisar em urtigas é bem doloroso, não tem como não sentir.
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