Maldito surrealismo excêntrico.
Isso, eu queria dizer, é porque nunca consigo ficar muito tempo sustentando olhares de quem acha que pode me dar a mão. Eu mal tenho pele nela. No resto do tempo eu me evito. Evito principalmente meu quarto, não que precise de um lugar especifico para minhas torturas e perturbações, mas é lá que me encontro afogada constantemente, porém ainda respirando. Ter consciência de que existo de verdade, me desespera.
Vivo em uma constante busca pelo meu interior. Quero dizer; não o interior de um organismo, não a sua construção, mas sim, o seu âmago. A parte mais profunda do ser, a alma, o coração, o íntimo. Sou o que busco em meu meio. Sou um dia e um momento. A minha propensão natural é a busca pelas coisas. Sou. Sou a luta para viver com o meu meio mutável, volúvel e infiel. Fracassado.
Parece pra mim que tudo está girando, fora de controle, e é inevitável. Se aquilo que busco não for encontrado dentro, jamais será encontrado fora. E ainda assim insisto em procurar cores novas para dar nome.
O nada se torna tão tudo. E o tudo não me é nada. Poderia desistir e dizer que está tudo acabado apenas para começar tudo de novo, mas como outra pessoa - toda vez que sonho com um reparo rápido fico aliviada.
Mas agora eu sei como é difícil. Talvez eu não consiga, pois o que antigamente era castigo silencioso, agora é obsoleto. A forte atração pelo fantástico é um defeito capital de meu ser, a tranqüilidade me aborrece.
Perdida entre minhas próprias ações me sinto entreolhada por pessoas que não fazem minha cabeça. Acompanhando outros que não procuro mais. Aspectos infantis de meu ser continuam a transbordar e a idade passa mais rápido que eu consigo raciocinar; uma criança grande em um mundo de adultos pequenos. Sendo assim, disfarço minha infantilidade casual com a indiferença desprovida.
Então me escondo dentro do meu quarto. E me escondo bem.
13 comentários :
boa noite..
interessante seu blogger..
quando der visite o meu
deixe recados
abraços
parece q os quartos sãos os melhores lugares do mundo... onde a ignorância não chega
me sinto assim tbm
bjao
Claro, vc é um pouco de paixão e caos. Beijos
Mas é revelada na escritura, na poesia que transcende a idade.
Continue buscando, moça!
Abraço!
Inocente...
Defina.
Você está escrevendo cada vez melhor. Do texto ser realidade, há de se ter calma. Uma hora, quando menos se espera, se encontra a(s) pessoa(s) certa(s). Às vezes, também, já encontramos o nosso eu (interior) e não nos damos conta. Beijos e saudade!
"(...)Ter consciência de que existo de verdade, me desespera."
Eu estava me escondendo dentro de mim. E nem sei muito bem a razão.
Mas agora tô pensando em usar uma máscara.
Mais prático. Rsrs
:*
Máscaras caem e saem de moda.
Viver não é coragem, saber que se vive é a coragem. - C.L
Sincera ^^
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