Eu até vivo o momento, aproveito e me faz bem. Mas, não me contento. Eu não faço mal a ninguém.
Hoje por exemplo meu quadro emocional obteve uma flexibilidade atormentadora – estou quase cedendo às chantagens de minha mãe, acho que acabarei em quatro paredes, olhando pro teto e sendo observada por outra pessoa que com certeza nunca irá saber quem eu sou, alias, só irão saber no dia que eu me trancar na caixa de pandora e aqui não mais existir – blefe.
E acordar no domingo de manhã aos berros é algo que estraga o resto do meu dia, e tudo por uma lata de azeite.
Pensei que passaria o resto do dia, ou melhor, mais um dia escutando músicas de fossa e me lamentando por falta de oportunidades – eu evito acidentes, eu tenho medo do propósito -, ficar andando pela casa sem rumo, me de parar com eu, eu mesma e mim de forma tão violenta em meus pensamentos só me faz ficar mais tonta, preciso de uma cadeira.
Desliguei o computador e a música, deitei na cama. O dia foi bonito, o céu andava e as nuvens o seguiam, o vento estava querendo brincar, mas meu cabelo estava amarrado em uma trança. Prometi a mim mesma que não seriam mais produzidos pensamentos, eu precisava dormir.
Acordei um pouco antes do sol se despedir, parecia que estava melhor, meu humor mudado. Sair de casa e ver gente me faria bem, precisava rir.
A noite derramou boa, não tinha me arrependido de ter saído de casa. Meu humor estava salvo. Procurava a lua e cruzei as pernas. Evitava olhar pros lados, nada podia me fazer perder o foco, afinal, estamos falando da minha estabilidade emocional.
O acontecido deveria ter acontecido. Conforme-se.
Não vou ser notada, barreiras. Eu não posso mudar nada.
Você já se sentiu impotente, de mãos amarradas?
Dizem por aí que eu sou a pessoa que acredita que tudo é imortal, e é só isso que dizem.
Lifehouse- you and me / e a fossa volta para meu paralelo estar.
Nenhum comentário :
Postar um comentário