25 fevereiro, 2008

Carpe Diem


Sou emocionalmente instável, mas quem se importa?

Minha variação de humor é o cardápio para meus atos – comportamento abominável, diga-se de passagem.

Eu até vivo o momento, aproveito e me faz bem. Mas, não me contento. Eu não faço mal a ninguém.

Hoje por exemplo meu quadro emocional obteve uma flexibilidade atormentadora – estou quase cedendo às chantagens de minha mãe, acho que acabarei em quatro paredes, olhando pro teto e sendo observada por outra pessoa que com certeza nunca irá saber quem eu sou, alias, só irão saber no dia que eu me trancar na caixa de pandora e aqui não mais existir – blefe.

E então, depois de um silêncio incomodo eu posso afirmar que perfeição de mais me agita os nervos.

Mas, acho que o fato de ter sido recentemente obrigada a me resgatar de um pesadelo no meio da noite – não era um pesadelo qualquer alguém está me testando, eu sei que está -, digamos que facilita a minha variação de humor.

E acordar no domingo de manhã aos berros é algo que estraga o resto do meu dia, e tudo por uma lata de azeite.

Pensei que passaria o resto do dia, ou melhor, mais um dia escutando músicas de fossa e me lamentando por falta de oportunidades – eu evito acidentes, eu tenho medo do propósito -, ficar andando pela casa sem rumo, me de parar com eu, eu mesma e mim de forma tão violenta em meus pensamentos só me faz ficar mais tonta, preciso de uma cadeira.

Da resposta que você obtém, dá a resposta que você deveria ter obtido – lógico de mais -, me resta permanecer calada em meio de minhas falas, relaxa, são só palavras.

Desliguei o computador e a música, deitei na cama. O dia foi bonito, o céu andava e as nuvens o seguiam, o vento estava querendo brincar, mas meu cabelo estava amarrado em uma trança. Prometi a mim mesma que não seriam mais produzidos pensamentos, eu precisava dormir.

Acordei um pouco antes do sol se despedir, parecia que estava melhor, meu humor mudado. Sair de casa e ver gente me faria bem, precisava rir.

A noite derramou boa, não tinha me arrependido de ter saído de casa. Meu humor estava salvo. Procurava a lua e cruzei as pernas. Evitava olhar pros lados, nada podia me fazer perder o foco, afinal, estamos falando da minha estabilidade emocional.

Ilusão.

Estou cansada da rotina de me ser, quando vou aprender?
O acontecido deveria ter acontecido. Conforme-se.
Não vou ser notada, barreiras. Eu não posso mudar nada.
Você já se sentiu impotente, de mãos amarradas?
Dizem por aí que eu sou a pessoa que acredita que tudo é imortal, e é só isso que dizem.

Dê-me licença, preciso de meu travesseiro. Já eu digo que gosto de ser a consciência dos outros, e que agora vou resolver meus problemas para evitar a fadiga – tentar me ocupar e não lembrar. - Vou resolvê-los, mas amanhã e, por favor, me deixe dormir e babar.

Lifehouse- you and me / e a fossa volta para meu paralelo estar.

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