Solidão. Não me entendo e ajo como se me entendesse. O amor. Não preciso viver dele, não preciso dele pra viver. Não seja tão altruísta, isso não existe.
Juro que vou tentar não adormecer durante minhas orações – dedos cruzados e um bocejo atrevido.
Quero que alguém invada a minha vida. Pode ser da pior forma.
Não sei como ele percebeu o trajeto que minhas lágrimas tinham feito em minha face instante antes, eu me senti constrangida - hei, ele é só uma criança, você consegue lidar com isso. Não me olhe assim.
Claro, a bola. Devolva pra ele e tudo esta acabado, você volta pra sua vida – alias, nem por um minuto se quer me desviei do livro arbitro – Engano.
Estendi as mãos e alcancei a bola pra ele. Pronto, agora pare de me olhar e me deixe em paz – ele no máximo tem 6 anos -, ele continua a me encarar e ele sorri.
Deixe-o para atrás, está tudo sobre controle. Continue andando, direito esquerdo, respire.
Ele esta vindo, posso sentir – juro que não é mania de perseguição -, a voz. Ele me chamou. Espere. Não eu não espero. Pode ser importante.
Virei e ele estava ali, parecia ter corrido, o sorriso continuava no seu rostinho.
O que você esta fazendo?
Isso se chama abraço, Luara. Um abraço.
Sua mãe não te ensinou a nunca abraçar estranhos? – tudo bem que eu não tenho cara de perigosa nem nada, mas eu sou má. Consumado.
Não sei bem o que foi isso, mais um teste provavelmente. O que Ele espera de mim? Não preciso provar nada a ninguém, eu fechei os olhos e o abracei. Arthur me agradeceu por ter pegado a bola dele á tempo de ir para o meio da rua, eu consegui sorri.
Sou grata por ele ter salvado meu dia. Resta-me atravessar a rua e voltar para casa.
Um ato, eu estou numa guerra.
Só sei que a gente inventa o amor e dor e tudo que nos satisfaz.
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