04 novembro, 2008

Entrevista com Shakespeare

Sejam todos bem-vindos a mais um programa! – aplausos e sorrisos.
Hoje temos aqui mais um convidado ilustre, irreverente e fantástico. Com vocês, William Shakespeare!

Luara – Não tenho palavras para expressar o quão nostálgica estou por ter sua presença em meu programa. Conseguir entrevistar o senhor no estado que se encontra é algo que qualquer um almeja.
Shakespeare - "Tudo o que nasce deve morrer, passando pela natureza em direção à eternidade”.

L – O senhor é considerado maior dramaturgo da Língua inglesa
e um dos mais influentes no mundo. O que o senhor acha disso?
S – “Ser ou não ser... eis a questão”.

L – Diga-me o que exatamente o senhor quis dizer com essa frase?
S - "Os homens deviam ser o que parecem ou, pelo menos, não parecerem o que não são”.

L – Todas suas palavras inspiram escritores da atualidade, sendo que suas obras são as que mais sofrem atualizações. Muitos de seus textos e temas, especialmente os do teatro, permaneceram vivos aos nossos dias, o que me diz a respeito?
S – “Não chegarão aos ouvidos do Eterno, palavras sem sentimento." – sorriso torto.

L – O senhor sempre foi um homem de poucas e profundas palavras?
S - “Homens de poucas palavras são os melhores homens”.

L - E quando descobriu o seu dom para escrever?
S - “As paixões ensinam a razão aos homens”.

L – Então, Shakespeare foi apaixonado?
S - "Sem saber amar não adianta amar profundamente”.

L – Pouco se sabe sobre sua existência aqui na Terra, embora o senhor tenha sido fundamental, ainda há muitos mistérios sobre sua vida. Há algo que possa nos afirmar?
S - "O maior inimigo do homem é a segurança." – observa ao redor – “Sabemos o que somos, mas não sabemos o que poderemos ser”.

L – As nossas dúvidas continuam...
S – “Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar”.

L – Não existe quem não conhece a história de Romeu e Julieta. Fale-nos das personagens dessa historia tão grandiosa e fatídica.
S - "Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram, perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remédio”.

L – Descreva esse amor.
S – “O Amor não é considerado um erro, mas sim algo inevitável. Por que se existe alguém que passou na vida e não amou, não viveu só passou”.

L – Realmente. E o amor de Romeu e Julieta prova que o verdadeiro sentimento existe.
S - "Ó poderoso amor! Que por alguns respeitos transformas um animal em homem e por alguns outros, tornas um homem em animal”.

L – Mas, por que não dar um final diferente para essa história?
S – (pausa) “O amor só é amor, se não se dobra a obstáculos e não se curva a vicissitudes... é uma marca eterna... que sofre tempestades sem nunca se abalar”.

L – Eu particularmente após ler sua obra me senti infeliz com o final trágico desse amor...
S – “Pode se viver sem felicidade... mas, não sem amor”.

L – Se Romeu pudesse dizer algo para Julieta agora, o que seria?
S – “Duvides que as estrelas sejam fogo, duvides que o sol se mova, duvides que a verdade seja mentira, mas não duvides jamais de que te amo”.

L – E tudo o que impedia esse amor lhe causou dor?
S - "Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente”.

L – Algo mais que o senhor queira dizer sobre sua obra?
S – “O resto é silêncio”.

L – E o que o senhor aprendeu em vida?
S – “Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar. Aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...”. – suspiros – “A vida é muito curta! Passar esse momento de forma vil seria um desperdício”.

L – E o que o senhor aprendeu em morte?
S – “Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia”.

L – A humanidade é algo que o inspira?
S - “Nós somos feitos do tecido de que são feitos os sonhos”.

L – E quanto a toda maldade que é injetada em nosso dia-a-dia?
S – “Não há nada bom ou nada mau, mas o pensamento o faz assim”.

L – Quero agradecer toda sua atenção, desculpe por perturbar seu sono eterno...
S – “O sono é o prenúncio da morte”.
L -... Foi uma honra recebê-lo aqui, meus parabéns por todo o seu trabalho e por saber o que fazer com as palavras. Descanse em paz.
S – “Dormir, dormir... talvez sonhar”.

L – Então, ficamos por aqui, agradeço sua companhia. Shakespeare estará dentre alguns minutos em nosso Chat para conversar com vocês. Tenham uma boa noite e até o próximo programa.


Aplausos. Eu disse aplausos!

13 comentários :

Anônimo disse...

Aplausos!
*.*

Unknown disse...

auahuahuahuahuahau

mto bem bolada essa entrevista!
adorei!

bjss

Pâmela disse...

Aplausos! Muitos aplausos!
Adorei a idéia da entrevista, muito legal.
Acho que ele diria mesmo tudo isso. Ou algo bem parecido.
Um beijo!

Jefferson disse...

Aplausos mil!
Pra entrevistadora, é claro!

Ariane Carreira disse...

Interessante.
Aplausos!

Thaís Dourado disse...

“Duvides que as estrelas sejam fogo, duvides que o sol se mova, duvides que a verdade seja mentira, mas não duvides jamais de que te amo”.
Gênio.

coizinha disse...

sim, aplausos!!!

Tiagho Diniz. disse...

Nossa, muito obrigado, és uma querida mesmo, veio na hora certa seu comentario...
Detalhe:
"Mache menschen ändern sich nie"
O titulo do post em alemão quer dizer: "Algumas pessoas nunca mudam"
Sugestivo para uma pichação nos muros do pulgatorio ou p/ o termino de relacionamento... rs.

Unknown disse...

Muito Aplausos.

L – Se Romeu pudesse dizer algo para Julieta agora, o que seria?
S – “Duvides que as estrelas sejam fogo, duvides que o sol se mova, duvides que a verdade seja mentira, mas não duvides jamais de que te amo”.

Me arrepiei nessa parte, sua criatividade é magnífica.

Vanessa disse...

Você estava sumida! Fiquei tão feliz com seu "aparecimento"!!!!

paula disse...

menina,obrigada =)
mas eu não brilho sou opaca e
no entanto adoraria brilhar.

Anônimo disse...

Boa Entrevista =]
legal teu blog
beijo

Emanuela Régia disse...

Adorei... parabéns!
e obrigado pelo comentario!